domingo, 28 de fevereiro de 2016

Resenha - Artigo: "Blog, YouTube, Flickr, e Delicious: Software Inicial", de Sónia Cruz

Olá caros seguidores! Hoje no blog, o tema será "sistemas de informação e educação", com uma resenha do Workshop chamado "Blog, YouTube, Flickr, e Delicious: Software Inicial", de Sónia Cruz, incluído no Manual de Ferramentas da Web 2.0 para Professores (disponível aqui). Mas, antes de começarmos a resenha, temos que saber do que se trata o referido manual.

Manual de Ferramentas da Web 2.0 para Professores

Contendo 9 workshops voltados para os então novos recursos da WEB 2.0, compilados e organizados por Ana Amélia Carvalho, o Manual de Ferramentas da Web 2.0 para Professores tem como objetivo principal apresentar toda a gama de novos recursos que a evolução da WEB trouxe e fazer uma intersecção com o mundo da educação, mostrando para os educadores os benefícios que a WEB 2.0 pode trazer para a aprendizagem de modo geral.

O mais interessante é que os Workshops além de explanar sobre as ferramentas WEB que tem um grande potencial na área da educação (como o Blogger, Flickr, Podcast, Movie Maker, You Tube e até mesmo ambientes virtuais sociais como o Second Life), eles dão um mini tutorial básico para o uso das mesmas, para que os educadores já possam trabalhar em cima delas. Lembrando que não existe um "tutorial de recomendação de uso", pois o grande trunfo dessas ferramentas é justamente de transmitir a pessoalidade da imaginação do autor para todos.

Algumas das várias ferramentas propiciadas pela WEB 2.0

E por falar em pessoalidade e compartilhamento de conhecimento, uma das melhores ferramentas para isso é o blog, que foi criado para ser um diário pessoal, mas que se popularizou mesmo como compartilhamento de ideias, notícias e conhecimento. E no Workshop inicial do já referido manual, Sónia Catarina Cruz apresenta as seguintes ferramentas WEB 2.0: Blog, YouTube, Flickr, e Delicious. Como meu intuito é abordar sobre o Blog, a resenha será focada na parte do Workshop referida ao tema. 


Título da Resenha: Blog, YouTube, Flickr, e Delicious: Software Inicial (Sónia Cruz)
Livro: Manual de Ferramentas da Web 2.0 para Professores, 2008, Ministério da Educação

Blogue:

Desenvolvido como um Diário da Web que permite fazer uma conexão rápida entre outros diários online ou qualquer outro site, o Blog foi criado no final da década de 90 por Jorn Barger, onde suas informações de entrada são organizadas da mais recente para a mais antiga, onde tais postagens podem expressar fatos, opiniões ou emoções com fotos, vídeos ou textos, de forma rápida e direta.

Jorn Barger - Criador do Blog

O Blog possui três grandes vantagens: Facilidade de criação e uso de ferramentas; interfaces já prontas, permitindo que o autor foque apenas no conteúdo; e, por fim, possibilidades de arquivamento de postagens e interação direta com o leitor através dos comentários.

O próprio blog já evoluiu, tentando ser ainda mais pessoal e temático. Assim nasceram os fotoblogs, videoblogs ou moblogs (focados em fotos, vídeos e dispositivos portáteis móveis respectivamente). Por serem tão dinâmicos no compartilhamento de comunicação e conteúdo, os weblogs são perfeitos para a área da Educação, visto que o mesmo pode funcionar como um caderno, portifólio, fórum, etc., gerando conteúdo que ficam acessíveis para professores e demais colegas, abrindo e estreitando as discussões e debates sobre tais conteúdos, permitindo até mesmo a troca rápida de hiperlinks com textos sugeridos para reforçar o tema proposto.

Exemplo de blog voltado para a Educação
Para o professor o blog seria uma fundamental ferramenta de apoio às aulas, podendo ser usada para postagem de conteúdo adicional, proposta de exercícios, quadro de avisos e etc. Pro aluno ajuda na questão da responsabilidade da autoria textual (visto que identificar o plágio na própria internet é facilitado), fora que para ele o compartilhamento de ideias vai bem além da relação "aluno/professor", pois ele agora tem acesso ao conteúdo dos seus demais colegas, agregando para o seu conhecimento, e ajudando à edificar o conhecimento alheio através dos seus comentários.

No final, a autora cita vários exemplos de temas e conteúdos de blogs para os professores em sua formação específica. Professores das mais diversas disciplinas podem usar seu blog pessoal para propor exercícios, desafios, referencial bibliográfico, debates, material de apoio, etc., mostrando que o grande trunfo do blog é a facilidade em gerar conteúdo, onde o limite é imposto pelo tamanho da sua criatividade.


Interessante frisar que no decorrer do texto, a autora faz um passo a passo para a criação de uma conta no Blogger da google, um dos sites desenvolvidos para a criação de blogs. Mas só existe o Blogger? Não, mas a escolha da autora por ele se justifica pelo fato de ele ser o mais popular e o de interface mais simples para o usuário inicial. Existem outros também, mais voltados para o pessoal mais avançado, com mais recursos como é o caso do Wordpress. Logo abaixo, segue um vídeo tutorial para a criação de uma conta Blogger, para criação dos seus blogs.


Bom, esse é o fim da resenha, mas achei inerente postar um vídeo complementar voltado aos meus colegas de curso (alicerce principal do foco deste blog), onde são listados os benefícios do blog na educação para os alunos, visto que num futuro próximo seremos educadores.


Um grande abraço a todos, e não deixem de fazer seus comentários sobre a postagem, um bom debate sempre é bom para a disseminação do conhecimento!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Matemática e Games: Como a matemática pode te ajudar no metagame em Pokémon

Olá amigos entusiastas da Matemática! E também um olá pra você, que como eu, é fissurado em games. Hoje pretendo começar uma seção esporádica aqui no blog, baseada em como conhecimentos matemáticos podem te ajudar nesse ou naquele outro jogo eletrônico que você tanto gosta.
E pra abrirmos o Matemática e Games, trago para vocês a minha franquia predileta, Pokémon:


Como assim? Matemática no Pokémon? Tá brincando, né?

Pois bem amigos, tudo o que ocorre na programação dos jogos envolve questões de lógica e matemática, fato. Mas isso não vemos na interface dos jogos. Porém, você pode me dizer que Pokémon envolve questões "aleatórias", como as chances que temos de capturar aquele pokémon com uma pokéball ou se aquele ataque decisivo vai entrar na hora certa, por exemplo. Porém, NADA DISSO É ALEATÓRIO. E é isso que será elucidado logo abaixo. Dominando a base de cálculo te dará uma visão mais ampla das suas decisões no jogo, e consequentemente o seu percentual de sucesso será BEM maior. Dividiremos em três grupos as melhores equações que o jogo usa, vamos lá!

*OBSERVAÇÃO: essa postagem é mais voltada para jogadores experientes em pokémon com uma nível mediano de conhecimento matemático. Se preferir, confira o artigo que aborda como os jogos eletrônicos podem potencializar seu conhecimento matemático clicando aqui.



STATS
->HP
((level x (( HP base x 2) + IV's + (EV's/4))) / 100) + 10 + level
->outros stats
(((level x ((base stats x 2) + IV's + (EV's/4))) / 100) + 5) x nature
Como ajuda: serve para você calcular os IV's do seu pokémon, ou então calcular a quantidade necessária de EV's que o pokémon precisa para chegar a determinado valor de stat.
OBS.: quando se refere a nature quer dizer o quanto ela ajuda, podendo o valor ser 1.1 (se afetar positivamente o stat), 1 (se não afetar o stat) ou 0.9 (se afetar negativamente o stat).
EX.: Meu Ninjask está no level 50 e quero saber o IV de spd dele, sendo que a spd tem 210 pontos.
(((50 x ((160 x 2) + IV's + (252/4))) / 100) + 5) x 1 = 210. Simplificando a equação, obtemos que: ((50 x (320 + IV's + 63)) / 100) + 5 = 210 e finalmente descobrimos que o IV de spd do Ninjask é 27.



DANO
-> Fórmula 1 (em unidades de HP)
( [ { 0,84 x poder do ataque x valor do atk ou sp.atk com algum stat-up ou Choice Bands / def ou sp.def com algum boost nesses stats} + 2 ] x STAB x efetividade x boosts como Life Orb ou Muscle Band ) x valor randómico variando de 85 a 100 / 100
-> Fórmula 2 (em unidades de HP)
(((( 2 x level/ 5 + 2) x atk ou sp.atk x valor do ataque/ def ou sp.def) / 50) + 2) x STAB x efetividade x valor randomico entre 85 e 100/100
Como ajuda: faz o treinador perceber com quantos ataques são necessários para derrotar o pokémon adversário, ou também faz ele perceber quantos EV's o pokémon deve ser treinado.
OBS.: eu sei que a fórmula é complexa e dificil de ser aplicada, ainda mais com o valor variável de 85 a 100, mas vou tentar explicá-la. Stat-up quer dizer algum ataque como Swords Dance, STAB é um boost de 50% que o ataque recebe se ele for do mesmo tipo que o pokémon que o usa, se o ataque for STAB se coloca 1,5 no cálculo, se não se coloca 1. Efetividade se refere a tabela de fraquezas e resistências, se ele for 4 vezes resistente o valor é 0,25, duas vezes: 0,5, nem resistente nem fraco: 1, duas vezes fraco: 2, quatro vezes: 4.
EX.: Charizard sem nenhum item ou stat-up usa Flamethrower em um Venusaur que também está sem itens, em quantos ataques o Venusaur vai ser derrotado?
([{0,84 x 95 x 348/328} + 2] x 1,5 x 2 x 1) x 92/100. Simplificando, obtemos que: ([aproximadamente 84 + 2] x 3 x 0,92 e finalmente descobrimos que o dando seria de 237, significando que Venusaur seria derrotado com somente dois ataques.


CAPTURAR POKÉMON
-> Chance de capturar tal pokémon (em porcento)
(( 1 + ( MaxHP x 3 - HP atual x 2 ) x catch rate do pokémon x catch rate da pokéball x status ) / ( MaxHP x 3 )) / 256
Como ajuda: dá uma ideia mais clara para a pessoa das chances dela capturar determinado pokémon e o que vai ser necessário para isso.
OBS.: essa é uma das fórmulas mais fáceis do jogo, porém tem suas complicações: quando me refiro a status, quero dizer inflingir uma condição especial ao pokémon, só existem 3 que ajudam na captura, elas são: Frozen, Sleep e Paralysis, Burn e Poison não são aconselháveis, pois acabam matando o pokémon, e no na fórmula devem ser substituidos pelos seguintes números: 10 (Frozen e Sleep) ou 5 (Paralysis, Burn e Poison). Clique aqui para saber mais sobre as catch rates das melhores pokébolas.
EX.: Quero capturar um Arceus com 1 de HP Frozen com uma Dusk Ball a noite. Quais as minhas chances?
(( 1 + ( 381 x 3 - 1 x 2 ) x 3 x 4 x 10 ) / (381 x 3 )) / 256. Simplificando obtemos que:
(( 1 + 1141 x 120) / 1143 ) / 256 = ( 136921 / 1143 ) / 256 = 119 / 256 = 0, 46 ou seja 46 % de chance de você capturar o Arceus.
Então lápis e caneta na mão amigos, e aprimorem suas técnicas! Até mais!

*Referências na base de cálculo extraídas de: 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Como corredores de atletismo usam matemática?

Escrito por Ian Linton  Google | Traduzido por Contribuidor Ehow



Corredores de atletismo usam a matemática em seus programas de corrida e treinamento. O atletismo é um esporte competitivo. A ênfase para o corredor é no desempenho, e a matemática possui um papel importante na determinação dos níveis de desempenho. Para os atletas de elite, onde as frações de segundo são importantes, a matemática em ciência do esporte pode ser vital para o sucesso.

Nível de dificuldade:Moderadamente fácil

Instruções

1. Corra no ritmo certo ou termine com um resultado ruim. Em provas de pista de 400 metros ou mais, o julgamento do ritmo é vital. Os corredores que correm muito rápido nos estágios iniciais tendem a diminuir muito a velocidade quando estão perto do fim. Em corridas mais longas, a fadiga torna difícil igualar ao arranque final de um concorrente. Por exemplo, os corredores com melhor tempo de 15 minutos nos 5.000 metros teriam problemas se eles completassem as duas primeiras voltas em menos de dois minutos.



2. Use o julgamento de ritmo para determinar as táticas de corrida. Em provas de pista mais longas, os competidores usam uma variedade de táticas como ritmo constante a cada volta, arrancadas no meio da corrida ou início lento e final rápido. Compreender as táticas prováveis ​​dos concorrentes pode ajudar um corredor a planejar uma estratégia de corrida. Um artigo no Math Forum, "Go for Gold" (Vá para o Ouro), ilustra como os treinadores podem analisar estatísticas de corrida de uma série de concorrentes para preparar táticas para seus próprios corredores.



3. Faça subsídio de condições na pista. A revista "Peak Performance" relatou os resultados do Dr. LGCE Pugh sobre a resistência do vento durante a corrida. Pugh calculou que o custo de energia para superar a resistência do ar em um ritmo de 67 segundos por 400 metros foi de cerca de oito por cento do custo total de energia). Um site de matemática, Motivate, descreveu uma série de condições que afetam os atletas de atletismo, onde os alunos poderiam usar a matemática para calcular as alterações no desempenho. Entre as questões, estavam o impacto da altitude sobre o desempenho e o uso de toucas aerodinâmicas para superar a resistência do ar.

4. Treine para atingir sua meta de desempenho usando a matemática para calcular as velocidades nas sessões. O treino com intervalos são uma forma popular de aumentar a resistência de velocidade para eventos de 1.500 metros para 10.000 metros. Os atletas trabalham seu ritmo médio de um tempo de finalização alvo e executam uma série de intervalos no ritmo de corrida. Para um evento de 1.500 metros, onde o corredor tem como meta terminar em menos de quatro minutos, a sessão pode ser correr seis vezes 400 metros em 60 segundos para cada volta de treino.



5. Use a ciência do esporte para otimizar programas de treinamento. Os corredores podem usar monitores de frequência cardíaca para conseguir diferentes efeitos do treinamento. Correndo em uma determinada zona de frequência cardíaca durante um determinado período de tempo pode ajudar os corredores a melhorar a tolerância de lactato - um fator importante nas corridas de distância. O site The Polar descreve zonas de treinamento. Atletas de resistência de elite usam a ciência do esporte para calcular e melhorar os fatores competitivos, como a proporção de consumo máximo de oxigênio, como Dean Hebert explica em "O Mundo Segundo a corrente Dean".

6. Calcule o desempenho relacionado à idade. Corredores mais velhos, cujas performances diminuem naturalmente com a idade, podem comparar seus tempos com os de corredores mais jovens utilizando um sistema desenvolvido pela World Masters Athletics. Digite os melhores tempos e idade, e o sistema usa matemática para calcular os tempos relacionados à idade. Um homem de 65 anos de idade, correndo 5 minutos nos 1.500 metros está correndo o equivalente a 3 minutos e 46 segundos, um tempo de elite que representa 91 por cento do desempenho de sua faixa etária.



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Jogos que podem (ou não) melhorar seu desempenho em matemática





por Maira Kodama

Não me levem a mal, não quero receber e-mail de pais reclamando que o filho disse que eu mandei ele parar de estudar e ficar jogando video game a tarde inteira. O potencial de aplicar habilidades e conhecimentos adquiridos em jogos depende, e muito, da capacidade de correlacionar e adaptar essas habilidades, o que não é absolutamente nada ordinário. Existe um caso de um estudante que passou em química orgânica na faculdade graças aos jogos de Pokemon (se seu inglês é bom, eu aconselho ler a matéria), mas asseguro que a habilidade da minha tia em lidar com números não melhorou nada com essa febre de sudoku.
Quando o assunto é video game e educação, é muito difícil deixar de falar do Nintendo DS, no Japão o console foi introduzido em escolas, é utilizado para treinamento de funcionários (inclusive na rede McDonald’s) e existem inúmeros softwares educativos “ortodoxos” como seleções de exercício, softwares de treino de caligrafia, dicionários e etc. Dentro dessa seleção “ortodoxa” o exemplo mais conhecido no ocidente é a série Brain Age, que faz um ótimo trabalho em melhorar a velocidade de contas de cabeça. Mas esse não é meu foco aqui porque não importa o que me digam, Brain Age é um software, não um jogo.
Então, vamos à parte do post que soa como uma desculpa pra eu falar de uma das minhas séries de jogos preferida (não esquecendo que nenhum dos jogos que eu cito tem versão em português, então você pode aproveitar a oportunidade pra treinar seu inglês ou japonês dependendo da versão que escolher jogar).

A série Prof. Layton


E os Jogos são Muito Bonitos

Existem seis jogos dessa série, cinco para o Nintendo DS/DSi (The Curious Village, The Diabolical Box, The Unwound Future, The Last Specter, The Eternal Diva) e um para o novo console o 3DS (The Mask of Miracle). Eu joguei os dois primeiros e o do 3DS, e fiquei tão empolgada quando joguei o primeiro, que terminei o jogo em cerca de 30 horas corridas com cerca de 24 horas de jogo, mas isso não é importante. Esses jogos são o que se chama de action puzzle games, ou seja, existe  ação, raciocínio e nesse caso, ótimas cenas de animação.
Todos os jogos dessa série têm mais ou menos a mesma estrutura: existe um mistério e para resolvê-lo você precisa explorar a cidade e conversar com os moradores; ao fazê-lo você encontra diversos problemas e charadas que devem ser resolvidos para terminar o jogo. Parte dessas charadas você encontra obrigatoriamente ao jogar e outra parte é encontrada com exploração. Existe também um sistema de dicas bem interessante, que direciona o raciocínio do jogador maravilhosamente.



Exemplo de Problema da Série

Como essa série pode te ajudar:

Grande parte desses problemas exige interpretação de texto, imagens e/ou lógica matemática para ser resolvida (assim como algumas questões do ENEM). Os problemas até o fim do jogo não são excepcionalmente difíceis, alguns são clássicos, outros inusitados. E, ao terminar o jogo, alguns problemas extras, mais difíceis, são liberados.
A beleza dos problemas da série, do meu ponto de vista, está na variedade. Ao contrário de outros puzzle games que exigem poucas habilidades e muita repetição (como sudoku e similares, onde repete-se o mesmo sistema de raciocínio até que o processo se torne mecânico), a série Prof. Layton exige que você pense de maneira diferente o tempo todo, ensina que o essencial para resolução de problemas é a abordagem, o jeito de pensar. Os jogos também mostram um pouco da beleza dos problemas em geral, alguns parecem complicados, mas com a abordagem certa se tornam muito simples, enquanto outros parecem ser bastante simples e dão um bocado de trabalho (como o clássico problema das 8 rainhas no tabuleiro de xadrez).


O Clássico Problema das 8 Rainhas
O Clássico Problema das 8 Rainhas

 

Pontos fracos:

Conversando com um amigo a respeito da série, ele disse que desistiu nos dez primeiros minutos de jogo, porque “esse joguinho estava tentando me forçar a fazer lição de casa”. E por mais que seja uma das minhas séries preferidas, os jogos podem ser bastante cansativos e têm muito texto, e se o seu conhecimento do idioma não for dos melhores, os jogos podem ser muito frustrantes. Não sei nem dizer quantas vezes eu errei um problema no jogo The Mask of Miracle (ou Kisetsu no Kamen em japonês) por ter jogado em japonês e ter interpretado mal o que o jogo queria de mim.
E se você gostar dessa série, pode ser que valha a pena jogar Ghost trick, não tanto pelo seu potencial educativo, mas é um ótimo jogo, relativamente desconhecido e também curto. Serve pra você que precisa estudar, não abre mão de alguma diversão e tem um relacionamento pouco saudável com jogos (como eu).

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Esqueça a arte. Cozinha é matemática

Artigo por:
Marina Maria
29 julho 2015 | 19:10 por redacaopaladar
Especial para o Estado

Cozinha não é arte. Pelo menos não a base dela, que se aproxima muito mais das ciências exatas – matemática, física, química. Assim, eliminando toda e qualquer poesia, dá para dizer que cozinhar é basicamente aplicar fórmulas e respeitar proporções. É claro que talento, domínio da técnica e a qualidade dos produtos fazem diferença na hora preparar um prato. Mas a essência está nas fórmulas.

Para o escritor e cozinheiro americano Michael Ruhlman, os fundamentos da cozinha podem ser traduzidos num conjunto de 33 proporções básicas e é disso o que trata seu livro Ratio: The Simple Codes Behind the Craft of Everyday Cooking (Ed. Scribner, Estados Unidos), que em tradução livre quer dizer “proporção: os simples códigos por trás da arte de cozinhar todos os dias” e não tem edição em português.


FOTOS: Felipe Rau/Estadão

Fascinado pela ideia de cozinhar a partir de proporções em vez de receitas, Ruhlman passou a investigar o tema. Concentrou-se na importância de entender como os elementos básicos – farinha, água, manteiga, óleo, leite e ovos – reagem e interagem entre si dando origem a diferentes preparações. A partir daí, defende, é possível fazer experimentações, inventar.

Das 33 proporções básicas que ele explora em seu livro, escolhemos cinco para apresentar nesta edição: pão, massa, vinagrete, torta e bolo. Elas são um roteiro para quem quer se iniciar no mundo das proporções culinárias.

Pesos e medidas
Não basta decorar as proporções. O sucesso das equações culinárias depende da medição de cada ingrediente com rigor, por isso, as proporções são sempre baseadas em peso e não volume. É aí que entra a balança.

Usar xícaras e colheres pode ser uma armadilha, já que eles variam de tamanho e mesmo colheres e xícaras medidoras nem sempre seguem padrões. Além disso, faz grande diferença também o jeito como a farinha ou a manteiga são colocadas na xícara – em alguns casos, isso pode causar alteração de até 50% no peso final.

Outra questão fundamental é manter a ordem de entrada dos ingredientes: na cozinha, não vale o princípio básico da multiplicação – a ordem dos fatores altera, sim, o produto. Quer um bom exemplo? A fórmula de bolo básica é igual à do pão de ló. Mas a ordem de entrada dos ingredientes e a maneira de usá-los faz dois bolos diferentes.



Conhecer as proporções é o primeiro passo. Só depois que ele estiver dominado pode-se pensar em se aventurar pelas receitas. Mas é preciso cuidado. “A medida de um componente em relação ao outro é científica. Se mexer demais, você perde o equilíbrio e a receita dá errado”, diz o chef Ricardo Praglioli, especialista em panificação e pâtisserie, que passou por escolas francesas tradicionais como Lenôtre e o Instituto Paul Bocuse. “Usamos essas fórmulas para, a partir delas, criar algo novo, mais autoral”, diz. Entre as adaptações preferidas do chef está a troca de 30% da farinha de trigo por farinha de amêndoas na base de tortas doces.

O segredo, diz Praglioli, é começar devagar, aumentando ou diminuindo em 10% um ingrediente, por exemplo. Outro jeito de criar novos sabores – este mais seguro mesmo para iniciantes – é brincar com aromas, utilizando temperos, ervas aromáticas e raspas de cítricos.


PÃO

5 PARTES DE ÁGUA: 3 PARTES DE FARINHA

O ponto de partida do pão clássico é usar 5 partes de farinha de trigo para 3 partes de água. Mas, além disso, a massa deve levar também fermento e sal, em quantidades que variam. Como as quantidades dos dois ingredientes são pequenas, Rulhman não colocou na fórmula. Até porque a proporção depende das características desejadas no pão. Mas, de forma geral, são 2 gramas de sal para cada 100 gramas de farinha. Já a quantidade de fermento biológico depende de ele ser fresco ou seco. Porém, quanto mais fermento, mais rápido o pão cresce – e menos tempo tem para desenvolver seu sabor.

Ingredientes

500g de farinha

300g de água morna

10g de sal

5g de fermento biológico seco

1. Misture a farinha e o sal. Polvilhe o fermento na água e deixe descansar por dez minutos, até surgirem pequenas bolhas na superfície.

2. Acrescente a água com fermento à farinha, aos poucos, misturando com uma colher grande e quando a massa ficar pesada, troque a colher pelas mãos. Sove por aproximadamente 15 minutos, ou até que a massa desgrude facilmente das mãos, mas ainda esteja úmida e elástica.

3. Transfira para uma tigela e cubra com filme plástico. Deixe fermentar até dobrar de volume, cerca de uma hora. Para testar, pressione levemente a superfície do pão com o indicador. A marca do dedo deve ficar visível e em seguida desaparecer lentamente.

4. Preaqueça o forno a 200°C por 45 minutos. Enquanto isso, retire a massa da tigela e dê o formato. Transfira para uma assadeira, cubra com um pano e deixe fermentar até finalizar o tempo de aquecimento do forno.

Asse por 10 minutos, depois reduza a temperatura para 180°C e continue assando por cerca de 45 minutos, até o topo estar dourado.

Quando você estiver pronto para variar, experimente:
- Rechear o pão: use ingredientes variados, como azeitonas (sem caroço), nozes, linguiça calabresa picada, etc, adicionados à massa quase no final da sova. Deixe fermentar, dê o formato desejado e asse conforme a receita. O mesmo pode ser feito com alecrim, tomilho e orégano picados, entre outras ervas.

- Fazer pão doce: use chocolate amargo picado e uvas passas, damascos picados, cranberries secas ou uma combinação destes. Ah, e claro, não se esqueça de eliminar o sal da massa.

VINAGRETE
1 PARTE DE VINAGRE: 3 PARTES DE ÓLEO

O vinagrete é um basicamente uma emulsão feita de óleo e vinagre, com adição de diferentes ervas, temperos e condimentos. É um clássico da culinária francesa e tem diferentes aplicações, de saladas às carnes.

Ingredientes
60g de vinagre de vinho tinto

180g de óleo de canola

2g de sal

Misture o sal no vinagre até dissolver – pode ser em uma tigela ou no liquidificador. Sem parar de mexer, vá colocando o óleo em fio, até formar uma emulsão. Tempere a gosto e use em seguida.

Quando estiver pronto para ousar experimente:
-Variar o óleo: use azeite, óleo de gergelim e até o óleo onde o bacon foi frito para dar sabor ao vinagrete.

- Variar o ácido: além dos vários tipos de vinagres, como o de vinho tinto, de arroz ou balsâmico, é possível usar suco de limão ou laranja.

- Variar o sabor: adicione um pouco de mostarda, pimenta fresca picadinha ou castanhas trituradas à proporção básica.


 
MASSA

3 PARTES DE FARINHA: DUAS PARTES DE OVO

Uma cuoca italiana faz a massa sem medidas, adicionando farinha ao ovo batido até obter uma pasta homogênea, úmida e elástica, que ela conhece só de tocar. Mas, para quem está começando, eis a proporção áurea da massa. Com uma dica adicional: para calcular a quantidade de massa por pessoa, o autor sugere contar um ovo por convidado. Assim, 300g de farinha e 200g de ovos (cerca de quatro unidades) vão fazer massa suficiente para quatro pessoas.

Ingredientes

300g de farinha de trigo

200g de ovos (cerca de 4 ovos)

1. Coloque a farinha de trigo em uma tigela grande e faça um buraco no centro.

2. Ponha os ovos no buraco e use um garfo para ir batendo os ovos ao mesmo tempo em que incorpora a farinha. Quando a massa ficar pesada para mexer com garfo, use as mãos para misturar até obter uma massa homogênea.

3. Sove a massa por cerca de dez minutos até que fique lisa e elástica. Embrulhe em papel filme e deixe descansar por cerca de meia hora (ou guarde na geladeira por no máximo um dia).

4. Divida a massa em quatro partes iguais e abra cada uma na máquina ou com uma rolo grande até a espessura desejada. Corte no formato escolhido.

Quando você estiver pronto para variar, experimente:

- Diferentes formatos: a massa básica pode virar espaguete, lasanha, canelone, ravióli…

- Colorir a massa: refogue e bata o espinafre num processador até virar um purê, retire o excesso de água com a ajuda de uma peneira e adicione à massa, colocando um pouco mais de farinha para compensar a adição de umidade.

BOLO

1 PARTE DE MANTEIGA : 1 PARTE DE AÇÚCAR: 1 PARTE DE OVO: 1 PARTE DE FARINHA

A fórmula do bolo simples é igual ao do pão de ló. O que muda é a maneira de combinar os ingredientes. O método simples dá origem a pequenas bolhas de ar, deixando a massa firme. No pão de ló, as bolhas são maiores, e massa, aerada e fofa. O fermento é opcional. O bolo cresce mesmo sem ele, mas para garantir uma textura leve, acrescente 5g para cada 100g de farinha.

Ingredientes

200g de manteiga

200g de açúcar

200g de ovos (cerca de 4 ovos)

200g de farinha de trigo

Preaqueça o forno a 180°C. Unte e enfarinhe uma forma de bolo inglês de 22 cm de comprimento.

Bata a manteiga por um minuto na batedeira. Adicione o açúcar e continue batendo até a mistura fica clara e fofa. Junte os ovos, um de cada vez. Reduza a velocidade e ponha a farinha, batendo só para misturar.

Transfira para a forma preparada e asse por cerca de 40 minutos ou até que o topo esteja dourado e um palito saia seco ao ser espetado no centro do bolo.

Quando estiver pronto para ousar experimente:
- Aromatizar: coloque 15ml de suco e raspas de limão tahiti, de limão siciliano, de laranja ou de mexerica. Ou então 5ml de extrato de baunilha.

- Fazer um pão de ló: use a mesma proporção, mas comece batendo os ovos e o açúcar até triplicar de volume. Incorpore a farinha e, se quiser, junte em seguida manteiga derretida (ela deixa a massa mais rica e saborosa).


TORTA

3 PARTES DE FARINHA: 2 PARTES DE GORDURA: 1 PARTE DE ÁGUA

A parte mais variável dessa proporção é o líquido – por conta disso, o negócio é ir vertendo o líquido devagar, sentindo a consistência da massa para evitar que passe do ponto ou que fique seca. A quantidade de líquido necessária tem relação direta com o tipo de gordura utilizado, que pode ter mais ou menos água. Em resumo, a massa pode precisar de mais ou menos líquido para chegar à textura desejada, dependendo inclusive de condições de temperatura, portanto, teste.

Ingredientes

150g de farinha de trigo

100g de manteiga gelada cortada em cubinhos

50 ml de água gelada

1. Junte a manteiga e a farinha em uma vasilha e, trabalhando rápido com as mãos, faça movimentos para “esfarelar” os cubinhos até formar uma farofa grossa e irregular. Pingue água aos poucos e trabalhe rapidamente, apenas até que seja possível formar uma massa coesa (mas cuidado, se trabalhada demais, o glúten se desenvolve muito e a massa ficará dura).

2. Embrulhe a massa em papel filme e leve à geladeira por 15 minutos.

3. Enfarinhe uma superfície e abra a massa com um rolo. Transfira para uma forma de 22 cm e pressione o fundo e as laterais, cortando o excesso das bordas. Ponha o recheio desejado e leve ao forno ou asse previamente a massa – nesse caso, cubra a massa com um papel alumínio e coloque feijões para servir de peso, evitando que a massa inche. Asse a base da torta em forno preaquecido a 180°C por 20 minutos. Retire o papel alumínio e o peso e asse por aproximadamente mais 10 minutos ou até dourar levemente.

Quando estiver pronto para ousar experimente:
- Variar o líquido: use leite integral e iogurte no lugar da água, para mudar o sabor da massa.

- Variar a gordura: além de manteiga, é possível usar banha de porco ou gordura vegetal. Eles mudam o sabor.

- Variar o sabor da massa: acrescente uma pitada de sal ou parmesão ralado para fazer quiche. Para uma torta doce, coloque açúcar (40g para cada 150g de farinha). Também dá certo trocar um terço da farinha de trigo por farinha de amêndoas, castanhas ou nozes.

Nunca vou usar esse blog?

Sejam bem vindos!

Esse é um blog de matemática e... EI... ESPERE! NÃO FECHE A PÁGINA! Acalmem-se, o foco aqui não é mostrar o mundo que muitos de vocês julgam ser chato na matemática, mas sim abordando uma frase que os professores ouvem com uma certa frequência, ou até nós mesmos já soltamos ela:

Professor, eu NUNCA VOU USAR ISSO!


Sempre é assim, muitos alunos aprendem cálculos, fórmulas ou teoremas novos e até então complexos para os mesmos, e acham que é uma bela de uma perda de tempo, pois não tem aplicabilidade no seu cotidiano. Note: cotidiano. Todo mundo está careca de saber que a matemática revolucionou o mundo da ciência, tecnologia, medicina, etc., mas convenhamos, muitos de nós não somos cientistas (de ofício), e por isso vez ou outra achamos dispensável estudar aquela função, ou a área daquela figura geométrica de trinta lados, ou sequer abrir a página do nosso livro que contém o estudo das matrizes.

MAS...



Aqui que entra o foco deste blog, tentar provar que a matemática é tão palpável no nosso dia a dia, quanto o solo que pisamos e que praticamente tudo o que fazemos, seja no futebol de domingo, no passeio ao parque, na interação com os amigos, ao tomar banho, etc., tem ligação direta com a matemática.

Aqui pretendo trazer matérias de sites renomados, artigos científicos, material de minha própria autoria, como pesquisas e até mesmo um ou outro caso ocorrido na minha vida. O foco aqui é provar para vocês que:

UMA HORA OU OUTRA, USAREMOS ISSO!